O estilo industrial, tão marcante em cada detalhe deste projeto assinado pelo arquiteto Bruno Moraes, está presente desde a serralheira até a rusticidade moderna da aparência do cimento queimado | Projeto BMA Studio | Foto Capa: Guilherme Pucci
Embora parecidos, os materiais possuem características, aplicações, vantagens e manutenção distintas. Para o arquiteto Bruno Moraes, a escolha certa para o projeto de arquitetura depende da estética desejada e do orçamento disponível
O estilo industrial se consolidou nos projetos de arquitetura e, com isso, dois visuais seguem em destaque pelo visual moderno e atemporal: o cimento queimado e o concreto aparente. Versáteis e elegantes, ambos conferem personalidade aos ambientes e se tornaram bem estimados até em projetos de alto padrão.
“Eles deixaram de ser vistos como truncados e desfavorecidos. Além da execução tradicional, o mercado oferece uma ampla variedade de cores e texturas inspiradas no cimento queimado e no concreto aparente, permitindo seu uso em pisos, paredes, lajes, forros, colunas, bancadas e outros elementos arquitetônicos. Cada um tem suas vantagens e pode ser combinado de diferentes formas para criar projetos únicos”, afirma o arquiteto Bruno Moraes, à frente do BMA Studio.
Mas o que é o cimento queimado?
Integrados, os ambientes são marcados pela estética industrial, com efeito de cimento queimado no piso e no teto, parede revestida de bricks e dutos elétricos aparentes | Projeto BMA Studio | Foto: Luis Gomes
O cimento queimado é uma solução amplamente utilizada para revestir pisos, paredes e forros e entrega uma aparência apurada aos espaços. Derivado da ‘alquimia’ da mistura entre cimento, areia e água, a composição é aplicada sobre a superfície e alisada com a desempenadeira para obter o efeito característico. “Considero como um melhor custo-benefício e nos projetos pode ser executado em diversas tonalidades, a depender da pigmentação adicionada. Mas ele deve ser apenas utilizado na função de acabamento e estruturalmente falando não deve ser cogitado em hipótese alguma”, ressalta Bruno.
O cinza queimado da parede merecia destaque, por isso o escritório o exibiu nesse ‘vão’ entre o rack e a composição dos nichos suspensos | Projeto BMA Studio | Foto: Guilherme Pucci
Embora aclamado, ele adverte que o cimento queimado exige alguns cuidados. Para evitar trincas e fissuras, é fundamental prever juntas de dilatação e escolher um profissional especializado para a aplicação. Se for executar em áreas constantemente úmidas, para não apresentar manchas ao longo do tempo, aconselho o uso de uma seladora ou aditivo durante o preparo da argamassa. A aplicação da seladora deve acontecer com a frequência que o fabricante exige, para selar a permeabilidade do cimento queimado em relação a água.
E o concreto aparente?
O pilar bruto, original do Conjunto Nacional, foi mantido em evidência para dar realce à cozinha que o arquiteto Bruno Moraes construiu em sua primeira participação na CASACOR São Paulo, em 2023 | Projeto BMA Studio | Foto: Guilherme Pucci
Apesar da aparência semelhante, o concreto aparente, por sua vez, é um elemento estrutural que não recebe camadas de acabamento, deixando a matéria-prima das edificações expostas. Esse revestimento é muito presente em projetos brutalistas e industriais, proporcionando um visual urbano e autêntico. “A superfície do concreto é extremamente resistente e demanda baixa manutenção, sendo ideal para ambientes internos e externos”, completa o arquiteto.
Entretanto, para obter esse acabamento, o concreto precisa ser bem planejado, desde a fase da obra, com o emprego de formas adequadas e acabamento bem executado. Em reformas, é possível revelar o concreto bruto através de lixamento e aplicação de seladora incolor ou fosca para preservar seu aspecto natural.
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No home office deste apartamento, Bruno Moraes preservou o concreto aparente na parede, parte da história do prédio e elemento fundamental do projeto, que mistura o estilo contemporâneo com o detalhes industriais | Projeto BMA Studio | Foto: Guilherme Pucci
“É muito comum que construtoras entreguem os apartamentos com uma laje ou pilar com essas características, porém é preciso que profissional de arquitetura certifique a segurança para a realização do projeto. Além disso, para chegar no concreto bruto, é preciso usar uma máquina específica para o processo”, detalha Bruno Moraes.
Atenção à manutenção
Ambos os materiais possuem boa durabilidade, mas o profissional à frente do BMA Studio salienta as diferenças de manutenção: quanto mais fina a camada de cimento queimado, mais estará suscetível às trincas e desgaste ao longo do tempo, exigindo reaplicações de resina ou seladores para prolongar sua vida útil.
Na parede revestida de placas de concreto, spots embutidos no piso entregam um jogo de luz e sombra que realçam os detalhes do revestimento cimentício empregado pelo arquiteto Bruno Moraes | Projeto BMA Studio | Foto: Guilherme Pucci
Já o concreto aparente, sendo parte da estrutura da construção, apresenta alta resistência e demanda pouca manutenção, sendo necessário apenas um tratamento ocasional com seladores para evitar infiltrações e desgaste da superfície.
Combinações e alternativas
Em linhas gerais, assim como o concreto aparente, o cimento queimado pode compor projetos pautados no décor industrial, contemporâneo, brutalista, rústico e retrô, dentre outros. Ambos os revestimentos harmonizam bem com outros materiais como madeira, metal, tijolos aparentes, pedras e mármores.
“Por serem de uma paleta relativamente neutra, mesclamos diversas cores de tecidos com tons correlatos. Sempre dou preferência por não introduzir cores muito escuras, que podem proporcionar a sensação de encolhimento do projeto”, revela o arquiteto.
Neste projeto, o arquiteto Bruno Moraes adotou as placas cimentícias que remetem ao concreto estampado pelas formas | Projeto BMA Studio | Foto: Mariana Orsi
Quanto às alternativas, para quem deseja o visual do cimento queimado, mas sem riscos de trincas, pode incorporar alternativas como porcelanatos, microcimento e tintas texturizadas que reproduzem o efeito com praticidade. Já o concreto aparente pode ser substituído por placas cimentícias e painéis pré-moldados, que conferem um resultado similar sem a necessidade de estrutura específica.
Nos projetos de reforma onde a expectativa é conquistar um efeito modernista, a aparência do cimento queimado é uma aposta certa, como nessa varanda integrada com o estar elaborada pelo arquiteto Bruno Moraes | Projeto BMA Studio | Foto: Guilherme Pucci
Independentemente da escolha, é preciso entender as características de cada material para garantir um resultado visual e funcional. “O concreto aparente traz mais robustez e autenticidade, enquanto o cimento queimado é versátil e acessível, permitindo sua personalização nos projetos”, finaliza Bruno Moraes.
Sobre BMA Studio
O arquiteto Bruno Moraes atua há mais de 19 anos no mercado de arquitetura e interiores, com sólida experiência em projetos e execução de obras. Formado pela Faculdade Belas Artes de São Paulo (FEBASP) e pós-graduado em Gerenciamento de Empreendimentos na Construção Civil pela FAU Mackenzie, Bruno iniciou sua carreira em grandes escritórios, como o do renomado arquiteto Siegbert Zanettini.
Em 2017, fundou o escritório Bruno Moraes Arquitetura, com foco em projetos residenciais, reformas de apartamentos e espaços comerciais. O crescimento demandado por obras completas levou à criação de uma estrutura própria para execução e gerenciamento de obras, com equipe especializada e treinada. Essa expansão culminou, alguns anos depois, na transição da marca para BMA Studio, unificando os serviços de arquitetura e execução sob um novo posicionamento, mais alinhado aos diferenciais do escritório. O BMA Studio é a evolução da Bruno Moraes Arquitetura, mantendo a mesma essência, equipe e compromisso com a qualidade.
O escritório atua em projetos de casas, reformas, retrofits, espaços corporativos, áreas comuns de edifícios e stands de apartamentos decorados. Conta com um aplicativo próprio para a gestão das obras, otimizando processos e comunicação com os clientes.
Entre os principais clientes estão o Grupo Volkswagen, as multinacionais Arauco e Fabbri, os escritórios da Tecban (Banco 24h), as Sorveterias Rochinha e um projeto de revitalização urbana no bairro do Bixiga. Também participou da Mostra Casa Saudável HBC e tem obras executadas em diversas regiões do país.
A marca já teve seus projetos e vídeos publicados em importantes veículos de arquitetura. Bruno também assina colunas no Portal PiniWeb, apresenta o podcast de Arquitetura Corporativa para o Club&Casa Design, e foi apresentador do podcast do Viva Decora. De 2019 a 2024, participou do quadro de decoração do Programa da Eliana, no SBT.
Em 2023, estreou na CASACOR São Paulo com o ambiente ‘Cozinha Funcional’ e foi premiado pela VEJA São Paulo como Melhor Ambiente na categoria Cozinha Integrada ou Cozinha Gourmet. Em 2024, retornou à mostra com o espaço ‘Acalanto e Encontros’, reafirmando seu compromisso com a inovação, funcionalidade, bem-estar e brasilidade nos projetos.
Serviço:
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